quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Bolo de Fubá.

Mais um da série bolo de liquidificador!
4 Ovos.
2 Xícaras de açúcar.
2 Xícaras de farinha de trigo.
1 Xícara de fubá.
1e 1/2  Xícara de leite
3 Colheres de sopa de manteiga ou margarina.
4 Colheres de chá de fermento em pó.
Bata tudo no liquidificador até a massa ficar igual. Talvez, dependendo do aparelho, você precise misturar a superfície com uma colher. Melhor desligar antes de misturar.
Aforma tem que ser do tipo vazada no meio, senão o bolo vai crescer torto.
Forno à 200°C, forma untada e enfarinhada, 45".
Pronto! De tarde com um café é ótimo.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Como são os eventos.

No dia 30 de janeiro, último, fiz mais uma festa de aniversário. Dessa vez no Jardim Botânico e para 16 pessoas. A cliente me pediu uma sugestão de cardápio e após breves ajustes fechamos uma deliciosa combinação de entradas e dois pratos principais. Ela não quis o serviço de garçons para poder oferecer um ambiente mais intimista aos convidados.

 Começamos com trouxinhas de nori com salmão defumado e cream cheese com wasabi. Crocante, macio, aromático e refrescante. Excelente para uma noite de calor.






Acompanhando as trouxinhas na mesa, um ceviche de linguado, também super aromático e excelente para uma noite quente.








 



  Guacamole com tortillas. 
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Carpaccio de carne enrolado com rúcula e pesto de alcaparras.
Como a maioria dos convidados estavam bebendo cerveja, achei que um queijo coalho grelhado acompanhava bem.

E para as moças, uma salada de folhas com palmito e manga cortados em julienne com grãos de mostarda e vinagrete de maracujá, servidos na própria casca do maracujá e com hachis.
E finalizando as entradas, Tatak de atum com torradinhas.
Como pratos principais foram servidos um risotto de presunto parma e aspargos grelhados (infelizmente não tenho essa foto) e um linguinni com camarão e pesto de hortelã.
A cliente preferiu não ter sobremesa pois decidiu comprar bolo e docinhos de aniversário.
Uma festa de aniversário para 16 pessoas com várias entradas e dois pratos principais, na intimidade de sua casa e uma cozinha limpa e em ordem após a festa pode ser mais barato do que você imagina, mais barato até do que a opção de ir à um restaurante. Não comparando a hipótese de cada um pagar a sua conta no restaurante, mas é possível ter um serviço de restaurante com pratos de restaurante em casa por um preço possível. Com o cardápio que você escolher. Surpreenda seus convidados. Entre em contato.
As fotos não são boas, mas o sabor eu garanto.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Tempero da Vida.

Politiki Kouzina, esse é o nome original do filme em grego.
O filme passa ora em Athenas, ora passa em Istambul, cidade onde a personagem passa a infãncia. Politiki não é exatamente uma palavra, mas algo entre polícia e politica. Política porque as cozinhas e refeições giram em torno dos relacionamentos e polícia porque em um universo inserido dentro da cozinha, reuniões e relações, de repente uma família vê sua vida transformada ao ser deportada para a Grécia, deixando Istambul e a história de suas vidas pra trás através da polícia de imigração turca.
A história gira em torno de Fanis, que após ser deportado e proibido de voltar a Istambul, passa a vida esperando a visita do avô que nunca consegue ir à Grécia vê-lo.  E em contrapartida mesmo depois do fim da barreira politica, Fanis também não vai à Istambul e os dois sempre tão próximos e tão distantes (ainda que de avião a viagem dure cerca de uma hora e meia, quase como ir do Rio de Janeiro à Salvador) passam a vida em desencontros.
Os ensinamentos do avô são muito fortes na vida do protagonista. Interessante a cena em que o avô ensina astrônomia ao, então garoto Fanis, usando temperos diversos.  O sol é representado pela pimenta porque é quente e é de um sabor universal que combina com todo tipo de comida e outros temperos. E o sol alcança todos os planetas. A terra é representada pelo sal. Pela comparação do Sr. Vasillis, o avô, a terra é o planeta com vida, e os seres vivos assim se mantem por causa da comida e o sal melhora o sabor da comida. Quando adulto, Fanis é professor de astronomia em uma faculdade na Grécia. Sua vida correu sob influência do avô que dizia que a palavra astronomia estava dentro da palavra gastronomia. Fico imaginando o quanto incrível deve ser o céu e as estrelas vistos de Atenas e Istambul. Entre outros temperos e planetas, é uma comparação fora do comum, mais eu gosto de pensar em exemplos para tudo usando comida, cozinha, pessoas e situações referentes ao universo que vivo.
O título em inglês é Spice, com uma pimenta no lugar do "i". E como pode-se reparar no título em português, vida tem o mesmo "i" substituido por uma pimenta.
Proprietário de uma loja de temperos, o avô, era conhecido por ser uma pessoa diplomática de sabedoria admirável. E em um comércio popular onde frequentavam politicos e locais de todas as classes sociais, ele de forma sutil, aconselhava os clientes e serem mais suaves ou mais chocantes através do que faziam nas refeições. Fossem familiares ou politicas. Os temperos estavam por tras de uma das maiores guerras da história.
Dizia que, por vezes, era necessário usar temperos errados para provar pontos de vistas e opiniões diferentes. Que o cominho era um tempero forte que deixava as poessoas mais introspectivas e que a canela era um tempero mais suave e que fazia as pessoas olharem nos olhos umas das outras. E que apesar da canela ser usada principalmente em carnes que não eram frescas, na época poucas pessoas possuiam geladeira em casa, podia ser usada em carnes frescas também para direcionar a pespectiva da reunião. Na época as mulheres eram iniciadas na culinária a fim de se tornarem boas esposas. As que não cozinhavam bem não tinham muitos pretendentes. Que as pessoas gostam de histórias que não podem ver. E ninguém vê o sal, mas ele é a essência da comida. Que os molhos suavizam o sabor da comida e quando as pessoas não põe molho na comida, exageram no tom da conversa.
Dentre várias sacadas, algumas são inusitadas, como a história de uma prima que era excelente cozinheira aos  sete anos de idade e o padre sugeriu que ela estava possuída e na verdade era o demônio que cozinhava por não ser possível ela cozinhar tão bem aos sete anos. E por isso ela passaria a vida inteira em um manicômio. Outra boa é o protagonista ainda guri, com um peixe na mão, sendo benzido por padres que alegavam que Jesus não cozinhava e receavam que ele ficasse afeminado, mas ao se depararem com a mesa posta, esquecem o motivo do chamado. E quando o pai descobre que o filho estava cozinhando em um prostibulo.
O filme é uma grande reflexão de como passamos a vida e como tudo toma um rumo e se renova. É ilustrada com uma cena que aparecem idosos com caixas de doces embrulhadas para presente. Os dois primeiros sabores da vida: leite e açúcar.
Destaque para uma incrível mesa com quibes, pasta de grão de bico e berinjela, enroladinhos de parreira, faláfel... Naquelas louças que lembram a casa da vovó.
Eu recomendo.